Projeto de recondicionamento de computadores é um dos mais inovadores do país

Em Minas Gerais, além dos cursos de capacitação, há ainda a Fábrica de Cidadania, que funciona há 7 anos.

Rua Garret, nº 628 (esquina com a Av. Barão Homem de Melo, 1100) Bairro Nova Granada - BH (31) 3373-2150

Roberto Francisco de Souza

presidente do CDI Minas.

O local recebe computadores descartados e são consertados para serem utilizados em creches, escolas e órgãos públicos. "Além de reutilizarmos o material, ensinamos montagem de computadores para os jovens", conta.

Enquanto isso, não tão longe de Belo Horizonte, outras pessoas batalham pela inclusão digital do modo que podem. É o caso de Cleimilda Oliveira Silva, 27 anos, educadora do Comitê para Democratização da Informática (CDI) na cidade de Itabira. Em 2002, quando o CDI chegou à cidade, Cleimilda era empregada doméstica e arrumou um tempo para fazer os cursos de informática.

O desempenho foi tão bom que foi convidada a fazer o curso de capacitação. Depois disso ela conseguiu emprego na área administrativa de uma empresa. Por causa de problemas de saúde Cleimilda foi afastada e não pôde mais trabalhar. "Eu fiquei debilitada e com depressão até que o CDI me chamou para ser voluntária", conta.

Há cinco anos, ajuda pessoas de todas as idades que estão começando a aprender informática, assim como ela em 2002. "Eu me apaixonei pelo projeto e não pretendo sair mais. É muito emocionante ver o brilho das pessoas que estão aprendendo", se emociona.

Criado em 1995, no Rio de Janeiro, o CDI é uma rede de voluntariado que oferece cursos de capacitação para pessoas de baixa renda e promove a sustentabilidade do local.

Hoje, está presente em 13 países, incluindo Inglaterra, Estados Unidos e Jordânia. "Nós pensamos em modelos de sustentabilidade não somente econômicos", afirma a diretora de Operações do CDI, Cinthya Game. Segundo ela, um dos projetos que está sendo criado pelo CDI é auxiliar na regularização das lan houses, já que muitas delas fazem o serviço de inclusão digital para pessoas que não podem ter computador em casa.

Por:Susy Laguárdia, Repórter