Muitos dos que alcançam o sucesso o devem a palavras de estímulo de alguém. Uma pessoa, professor, pai, esposa, amigo que confiou na capacidade dele e o incentivou a perseguir seus sonhos. Por vezes, é somente apoio moral. De outras, ainda há algum gesto especial que motiva a criatura a tomar a decisão e ir em frente. Conta-se que um escritor de renome, desde criança tinha um dom especial para criar histórias. Morando em um país onde alguns poucos privilegiados tinham acesso à instrução, Amir se divertia lendo histórias e romances para um amigo seu. Em verdade, o amigo era filho do empregado de seu pai. Por conseqüência, conforme o costume local, o menino era seu empregado. Quase um escravo. Sempre pronto para tudo. Pois Amir gostava de ler. E o outro, de ouvir. Nas tardes quentes, iam para debaixo de uma árvore, deitavam-se na relva e começavam seu ritual. Numa dessas oportunidades, Amir pensou em pregar uma peça para o amigo. Em vez de ler exatamente como estava no livro, começou a inventar a seqüência do enredo. Quando concluiu, o amigo bateu palmas e lhe disse: Que história linda, Amir! Você devia ler mais histórias como essas. Amir se surpreendeu. Tudo tinha saído de sua cabeça. Mas será que dava para confiar na opinião de um analfabeto? Por isso, quando chegou em casa, escreveu seu primeiro conto. Uma história triste de um homem e de uma mulher que se amavam. Mas, depois de um tempo, pela ambição do esposo, a felicidade se diluiu, pois ele preferiu trocar as carícias da esposa por adquirir somas e somas de dinheiro. Quando concluiu, Amir mostrou a história para o sócio de seu pai. Isso porque o pai nunca tinha tempo para ele, sempre imerso no mar dos negócios. O sócio levou o conto para seu escritório e, no dia seguinte, o devolveu com um embrulho. Quando Amir abriu o pacote, encontrou um caderno de capa de couro marrom, e um bilhete: Adorei a sua história. Deus lhe concedeu um talento especial. Cabe a você, agora, aperfeiçoar esse talento, pois alguém que desperdiça os talentos que Deus lhe deu é simplesmente tolo. Você escreve corretamente do ponto de vista gramatical e tem um estilo interessante. Minha porta está e sempre estará aberta para você. Estou pronto para ouvir qualquer história que tenha para contar! Bravo! Seu amigo, Rahim. Foi nesse caderno que Amir passou a escrever as suas histórias. Anos depois, escritor consagrado, voltou a encontrar Rahim e lhe falou do caderno marrom. E de como aquele bilhete tivera importância em sua vida. As palavras de dois amigos o fizeram definir-se pelo que sempre ele desejara e seu pai não apoiava. A palavra foi dada ao homem para grandes coisas. Embora alguns a utilizem para a destruição, os homens de sabedoria dela se servem para edificação do Mundo melhor. Envolvendo-a em afeto, sustentam vidas prestes a fenecer. Burilando-a com correta adjetivação, incentivam o bem, os ideais nobres. Desta forma, pense ao falar que, do seu verbo, pode depender a vida de muitos que o rodeiam. Pondere, pois, sempre, antes de falar e fale com sabedoria, edificando, estimulando, incentivando.
Desconheço o autor.
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